CCB Hinos - Casamento pela internet (e preciso cautela)

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Casamento pela internet (é preciso cautela)

Casamento pela internet (é preciso cautela)



Ontem, 30/08/2008, DEUS fez uma grande obra em nossas vidas, preparando o casamento de minha cunhada Milene com o irmão Angelo Vassalo, morador em Alba, na Itália.

Milene e Angelo se conheceram pela internet, numa comunidade do Orkut, faz 9 meses. Começaram a bater papo pelo MSN e de repente nasceu um sentimento entre os dois.

Lembro-me do dia em que ela me ligou toda contente, dizendo que estava apaixonada e que o irmão era muito bom, muito crente e que os dois estavam se entendendo muito bem.

Joguei um balde de água fria na coitada, dizendo para ela não se precipitar, pois a internet, na maioria das vezes, nos prega peças com finais muito tristes e grandes prejuízos. Ela até chorou e me disse que eu estava lhe roubando as esperanças, porém eu lhe falei que se fosse da parte de DEUS, tudo iria se cumprir e que eu iria ajudá-la nas orações.

A pedido dela, liguei na Congregação Cristã de Mondovi - Itália, onde é a comum do irmão Angelo, para pedir informações sobre o testemunho dele, e para minha surpresa, o cooperador (brasileiro) me disse que era um caríssimo irmão, que inclusive era quem abria e fechava a igreja nos dias de culto, sendo porteiro oficializado.

Também tomamos conhecimento do paradeiro de seus pais, italianos, residentes em Borda da Mata-MG.

A irmã Carmela, muito amorosa e simpática, junto a seu marido, o sr. Mario, que não é batizado na congregação, nos receberam com muito carinho e uma mesa farta, incluindo a típica macarronada italiana.

No mês de julho passado, meu concunhado Robson, viajou para a Alemanha a trabalho e aproveitando, foi até Alba, na Itália para conhecer o futuro membro de nossa família. Foi uma grande alegria, pois a comunhão foi perfeita.

Dia 08/08/2008 o irmão Angelo Vassalo veio ao Brasil, onde ele e Milene se conheceram pessoalmente pela primeira vez. Após confirmações da Palavra, o casamente foi realizado no dia de ontem em Mogi Guaçu-SP, contando com a presença da irmandade.

Maravilha. Agora não gastarei dinheiro com hotel na Itália... rsrs

Vamos orar por eles, pois a obra de DEUS é muito sofrida naquele país.

Gerson

Fonte:
[cc_vir]

Postado em: 02/09/2008 | 22:04:05

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Comentários
  Nome: Alejandro Em: 15/01/2013 | 19:40:42 E-mail: - AlejandroSmith@terra.com
Comentários:
“A MULHER CIGANA NÃO DEVE CORTAR OS CABELOS, para que sua ENERGIA NAO SE ACABE”
A romli, a cigana, Ira Petrovitch, acrescenta: E nas linhas das mãos que está traçado o destino, nas cartas enxergamos o futuro e no amor obtemos a força para reger a vida .

Na verdade a cartomancia já foi um dos melhores meios de subsistência cigana, a leitura da sina, a buena dicha, as mulheres recolhem o dinheiro com a leitura da sorte, deste lucro sustenta sua família, é uma forma cultural de sobrevivência encontrada pelos ciganos desde seus primórdios, foram ás ciganas perseguidas muitas vezes pela prática da adivinhação, mas o fato é que o elemento mágico está inserido ao universo cigano.

Quando uma criança está doente ao defumá-la reza-se.

um cigano não mente para outro cigano, nem o engana. Dentro do comportamento cigano observamos um código de honra e respeito imutável, todos se consideram primos entre si, é uma raiz que se liga, se um cigano estiver em outro continente, um cigano de lá o acolhera e o ajudará de alguma forma, lógico que entre eles há os desonrados estes estão fora da comunidade, são considerados impuros para permanecer em sua família e clã, um cigano excluído e como morto para os outros, não participa mais de nada é visto como um verme, o mesmo se refere ao adultério que é inaceitável no meio cigano.

Na morte, não se lembram dela enquanto vivem, não querem pensar nisso isolando pensamentos ou palavras referentes ao luto, quando morre um cigano o desgosto dos familiares é extremo, no passado chegavam a usar luto durante anos, cabelos e barbas crescem nos homens estes evitam corta-las, as viúvas cortam os cabelos que são colocados junto as flores e posto no caixão do morto, é a única ocasião em que AS CIGANAS CORTAM OS CABELOS, não casam mais e permanecem com o luto. Choram, gritam, assim é o comportamento cigano no velório, a tristeza como em qualquer etnia é mantida em relação aos familiares, pois os ciganos tem uma ligação de respeito aos mortos, não falam mas respeitam acreditam na continuação da existência daquele ser, pode aparecer e até prejudicar os vivos segundo suas crenças, seus rituais tem como objetivo defender os vivos e encaminhar o morto ao reino dos mortos, cantam cantos fúnebres, e após 30 dias é feito uma mesa para o falecido onde todos comerão o que ele mais gostava, as suas especiarias, e a cabeceira da mesa será posto seu prato para saciar sua fome pós morte, ainda não adaptado ao mundo espiritual, sentindo a necessidade física da carne mesmo estando em espírito, no passado levam alguns grupos, comida para o cemitério para celebrar, comem e repartem os alimentos com o falecido. Em uma trova filosófica reflexiva:

`` Até nas flores se encontra
a diferença de sorte
umas, enfeitam a vida;
outras, enfeitam a morte ´´.

No Brasil a figura do cigano está inserida na Umbanda, onde se torna uma entidade viva de manifestação mediúnica para consultas à clientes em busca de soluções para seus problemas. Há muitas ciganas espíritas e que trabalham com os orixás e entidades como os Exus, encontram nas Pomba Giras, uma força para atender seus clientes, não obrigam a ninguém, vai quem quer.

Hoje a Igreja Evangélica ganha muitos adeptos ciganos, inclusive há ciganos pastores, com igrejas, que se converteram evangélicos abandonando todas as superstições. Suas mulheres não mais atendem à clientes para a leitura da sorte, seguem as normas da organização evangélica, é difícil imaginar os ciganos desgarrar de suas crenças e costumes, mas vemos o crescimento Evangélico dos ciganos no Brasil e fora dele.

`` Os ciganos acreditam num Deus e num espírito do mal, bem como nas almas dos mortos.(...) ultimamente prolifera entre eles a prática do ``culto´´ reuniões dadas na Igreja Evangélica de Filadélfia Cigana ´´ .Observamos que a religião para o cigano não deixa de ter uma adaptação ao meio, econômico, social e cultural, principalmente em momentos de dificuldades em que passam.

Há uma tradição dos ciganos que realmente é muito interessante e bonita se chama Slava, que é uma celebração ao santo de devoção do cigano, está comemoração no passado deve ter sido criada, a partir do momento que aderiram ao Catolicismo, e se refere ao seguinte: Um avô por exemplo, faz uma promessa a um santo, e dele se torna devoto, todos os anos de sua vida ele celebrará em sua casa ou tenda, o dia deste santo, após sua morte esta comemoração passará ao filho, e deste para outro e assim por diante, mas este santo sempre será lembrado e terá sempre sua comemoração que consiste em ser acesa as 12:00 uma vela feita pelo cigano, o santo padroeiro está posto a mesa onde está a vela, os convidados chegam, há um ritual com o pão cortado em cruz e o vinho é derramado sobre ele, comesse então um pequeno pedaço, e os convidados recebem uma parte deste pão que fora abençoado (este pão segundo lendas fora ensinado aos ciganos por Maria, mãe de Jesus), palavras são proclamadas orações recitadas, aí sim esta preparado o banquete com tudo o que se possa imaginar, dos assados ao peixe está liberado toda a ceia que se encerrará ás 18:00 h, quando a vela será apagada, e novas orações serão feitas. Durante a festa há muitas danças e muita música[17] alegria é que não falta, assim vive o cigano. São devotos de santos como Senhora de Sant´Ana da qual chamavam de cigana velha, de Nossa Senhora das Graças e da Lampadosa, Santo Antônio, São Jorge e Santa Rita de Cássia e a padroeira dos ciganos nos Brasil Nossa Senhora Aparecida[18], são muito difundidas entre os ciganos, em especial sua padroeira SARA KALI, mais conhecida entre os ciganos do grupo Rom, os que tem condições fazem sua peregrinação uma vez por ano na França, na cidade de ``Saintes Maries de la Mer´´, em Camarga, sul da França, a presença maior dos ciganos[19] nesta devoção fora observada em meados do século XIX, é a festa das santas do mar, é comemorada nos dias 24 e 25 de maio, há uma procissão e as imagens são carregadas por ciganos cavaleiros guardiões do sepulcro da santa, os cavalos que montam os cavaleiros ciganos não são de raça comum para os ciganos são espécies do período magdaleniano 14 mil a 10 mil a.C, outros dizem que estes belos animais são parentes dos puros sangues árabes, abandonados no local por sarracenos, em sua expulsão.

Recentemente os ciganos ganharam mais um santo que é o beato Zeferino Gimenéz Malla, conhecido como El Pelé, cigano espanhol, fora beatificado pelo recém falecido Papa João Paulo II, a festa de beatificação contou com milhares de ciganos na praça de São Pedro no Vaticano em Roma, a canonização ocorreu no dia 14 de Maio de 1997, o santo nasceu em Lérida, nômade se torna sedentário, com a negociação de animais se estabiliza financeiramente, ajudando muitos ciganos, era muito cristão e seguidor das leis religiosas, morre mártir, fuzilado por Republicanos em 2 de Agosto de 1936.

Observamos que a Igreja Católica Apostólica Romana, nunca se retratou pelas perseguições e sua neutralidade ao holocausto dos ciganos na Segunda Grande Guerra, somente no papado de João Paulo II, este pede perdão aos ciganos em relação aos erros do passado cometidos pela Igreja, como presente a beatificação de Zeferino Gimenéz Malla, El Pelé.
São os ciganos representados da ONU, Organização das Nações Unidas, desde 1976. No Brasil o CEC, Centro de Estudos Ciganos fora criado em 1987, o primeiro da América Latina, presidido pelo presidente Mio Vacitte, cigano respeitado do grupo Horarani, em 1990 fundou a União Cigana do Brasil, que é filiada a ONU, e aliada a Internacional, Roma, Federation.

``Só com um trabalho intenso de esclarecimento no mundo inteiro é possível acabar com a imagem negativa dos ciganos e assim melhorar suas chances na sociedade onde vivem ´´[21].
No dia 12 de Outubro, encontramos caravanas de ciganos vindos de todas as regiões do Brasil para celebrar a festa de sua padroeira e do Brasil Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte cidade paulista.

[20] Revista Geográfica Universal, ed. Bloch Editores, junho de 1990. P. 106 à 115.
[21] Palavras de Florin Cioba, presidente da União Romani. ( Cit. Jornal O Globo, Caderno O Mundo, Domingo, 13 de Fevereiro de 2005.p.36)

Responder para: Alejandro

 
  Nome: Kajima Em: 05/01/2013 | 17:34:54 E-mail: -
Comentários:
Os ciganos são um povo nômade amante da música, das cores alegres e da magia, que foram expulsos por invasores árabes há quase 3 mil anos da região noroeste da Índia, onde hoje é o Paquistão. Depois de vagar pelas Terras do Oriente, os ciganos invadiram o Ocidente e espalharam-se por todo o mundo.

A maior parte deles acredita em um único deus (Dou-la ou Bel) em eterna luta contra o demônio (Deng). Normalmente, assimilam as religiões do lugar onde se encontram, mas jamais deixam de lado o culto aos antepassados, o temor dos maus-olhados, a crença na reencarnação e na força do destino (baji), contra a qual não adianta lutar.

Responder para: Kajima

 
  Nome: Ana Laura Em: 28/12/2012 | 15:55:48 E-mail: -
Comentários:
O POVO CIGANO. A ORIGEM DO POVO CIGANO
Quando se estuda a origem de um povo, sua formação e desenvolvimento como estrutura social, religiosa, econômica, este estudo se baseia fundamentalmente em documentos ou registros escritos, que ao lado de outros elementos como ruínas da arquitetura da época, pinturas, armas, túmulos, recintos que sugerem ter sido usados como sacros, objetos os mais diversos, especialmente de uso doméstico, recompõem toda a narrativa histórica de um conjunto de indivíduos que habitam a mesma região, ficando subordinados às mesmas leis e partilhando dos mesmos hábitos e costumes. A mais importante fonte de referência, é a narrativa escrita, encontrada em papéis (pergaminhos, papiros, folhas de papel de arroz), documentos, livros, poemas, mapas, inscrições em lugares santos, ou outros locais de devoção considerados sagrados, onde são encontradas marcas de rituais e altares de oferendas aos deuses.

Como o Povo Cigano, não tem até os dias atuais, uma linguagem escrita, fica quase impossível definir sua verdadeira origem. Portanto, tudo o que se disser sobre a origem do Povo Cigano, será baseado em conjecturas, similaridades ou suposições.

A hipótese mais aceita é que o Povo Cigano teve seu berço na civilização da Índia antiga, num tempo que também se supõe, como muito antigo, talvez dois ou três milênios antes de Cristo. Compara-se o sânscrito, que era escrito e falado na Índia (um dos mais antigos idiomas do mundo), com o idioma falado pelos ciganos e encontraram um sem-número de palavras com o mesmo significado.

Outros pontos também colaboram para que esta hipótese seja reforçada, como a tez morena comum aos hindus e ciganos, o gosto por roupas vistosas e coloridas, e princípios religiosos como a crença na reencarnação e na existência de um Deus Pai e Absoluto.

Tanto para os hindus como para os ciganos, a religiosidade é muito forte e norteia muito de seu comportamento, impondo normas e fundamentos importantes, que devem ser respeitados e obedecidos.

Outro fato que chama a atenção para a provável origem indiana do povo cigano, é a santa por quem nutrem o mais devotado amor e respeito, chamada Santa Sara Kali.

Kali é venerada pelo povo hindu como uma deusa, que consideram como a Mãe Universal, a Alma Mater, a Sombra da Morte. Sua pele é negra tal como Shiva, uma das pessoas da Trindade Divina para os indianos (Braman, Vishu e Shiva).
Para os ciganos, Sara, santa venerada, possui a pele negra, daí ser conhecida como Sara Kali, a negra. Ela distribui bênçãos ao povo, patrocina a família, os acampamentos, os alimentos e também tem força destruidora, aniquilando os poderes negativos e os malefícios que possam assolar a nação cigana.

Oração `a Santa Sara Kali:
Minha Mãe e querida Sara Kali, que em vida atravessaste os mares e com vossa fé levaste à vida novamente todos que contigo estavam;
Vós que Divina e Santa és amada e cultuada por todos nós, mãe de todos ciganos e do nosso Povo
Senhora do amor e da misericórdia
Protetora dos Rom
Vós que conhecestes o preconceito e a diferença
Vós que conhecestes a maldade muitas vezes dentro do coração humano
Olhai por nós
Derramai sobre vossos filhos, vosso amor vossa Luz e vossa paz
Dái-nos vossa proteção para que nossos caminhos
Sejam repletos de prosperidade e saúde
Carrega-nos com vossas mãos e protegei nossa liberdade, nossas famílias e colocai no homem mais fraternidade
Derramai vossa Luz nas vossas filhas, para que possam gerar a continuação livre do nosso povo
Olhai por nós em nossos momentos de dificuldade e sofrimento, acalmai nossos corações nos momentos de fúria, guardai-nos do mau e dos nossos inimigos, derramai em nossas cabeças vossa Paz para que em paz possamos viver abençoai-nos com Teu amor
Santa Sara Kali, que ao Pai celestial possas levar nossas orações e abrandar nossos caminhos
Que Vossa Luz possa sempre aumentar em Teu
Amor, misericórdia e no Pai
E que asssim sejas louvada para todo o Sempre.

Oração recebida por Nelson Pires Filho em mensagem de nosso querido e amado Cigano Sr Pablo Ramirez. Extraída do Livro CIGANOS- ROM um povo sem fronteiras! Ed. Madras. Autor: Nelson Pires Filho

Responder para: Ana Laura

 
  Nome: Julio Em: 21/12/2012 | 12:59:46 E-mail: -
Comentários:
Ciganos do passado, espíritos do presente

Neste livro, reproduzindo narrativas de seus parentes e depoimentos dos espíritos com que trabalha, a autora reconstrói a genealogia de algumas famílias ciganas, cujos membros se manifestam atualmente em espaços religiosos no Brasil. Através de suas palavras, esses espíritos transformam-se em pessoas reais, com faces definidas, hábitos e histórias de vida, forças e fraquezas, gostos e poderes mágicos particulares.

Além desse registro histórico, Ana da Cigana Natasha apresenta mais uma das formas utilizadas para a identificação de espíritos ciganos que exercem influência sobre uma determinada pessoa ou assunto, e aos quais podemos pedir auxílio para a resolução de problemas relacionados à sua área de atuação. O registro realizado por Ana é importante por garantir que esses espíritos ciganos de hoje, que foram ciganos vivos no passado, permaneçam vivos na memória das gerações futuras, sem serem desfigurados pela interferência das modas que tantas vezes já transformaram práticas sérias e bem-intencionadas em objetos de consumo sem fundamento real.

Ana da Cigana Natasha - 1 Resenha
Pallas Editora, 2003 - 166 páginas

Responder para: Julio

 
  Nome: Radmila Em: 08/12/2012 | 17:24:02 E-mail: - radaraujom@gamil.com
Comentários:
Educação
"Aumentar o sucesso dos ciganos, do povo roma e das crianças nómadas é responsabilidade de todos dentro do sistema de educação, uma importante medida na eficácia das políticas de combate à exclusão escolar e social." Segundo o relatório de Ofsted de 1999, os alunos ciganos de famílias itinerantes apresentam resultados mais baixos que os de qualquer grupo étnico minoritário e são o grupo de maior risco no sistema de ensino no Reino Unido. O relatório Swann revela diversos factores que influenciam a formação de crianças ciganas da mesma forma que influenciam outros grupos minoritários étnicos. Entre estes factores, os que têm maior peso foram identificados como o racismo e discriminação, mitos, estereótipos e a necessidade de uma maior ligação das escolas com os pais das crianças ciganas.

No Brasil, Mirian Stanescon foi a primeira cigana a a se formar num curso superior. Formou-se em direito na Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro, em 1973.

Responder para: Radmila

 
  Nome: Joana Angélica T. Em: 07/12/2012 | 15:19:36 E-mail: - Joanatguedesgpsalvador.ba@uol.com
Comentários:
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E IDENTIDADE EM GRUPOS DE MULHERES CIGANAS E RURAIS - de: Mariana Bonomo,Zeidi Araújo Trindade, Lídio de Souza,Sabrine Mantuan dos Santos Coutinho

Dialogo mulheres rurais e mulheres ciganas – Brasil – interior da Bahia
“Mas são mais exploradas ainda do que nós as mulheres ciganas. Debaixo de chuva, aqueles trem tudo que molha, aquela sujeira. Eu acho que é complicada. Eu imagino que a vida de uma mulher cigana é complicada porque
tem que estar abaixo do cigano.”

As diferenças e estranhamentos são apontados quanto aos hábitos e costumes das ciganas em suas características culturais como as roupas e a prática do pedir – “Sempre alegre. Andam com aquelas roupas compridas, CABELO GRANDE e solto. São diferentes. O jeito delas é pedir... de pedir eles não larga não. É costume”

– e também na clássica imagem da mulher cigana como desprovida de hábitos de higiene: “Elas andam de qualquer maneira. Elas as vez, até toma banho e troca de roupa, mas as roupas delas é lavada assim... nem imagino como, de qualquer maneira.”
A Classe 3, “Relação Intergrupal”, explicita o lugar do estrangeiro, suspeito e pouco confiável:
“É igual quando a gente vê uma pessoa estranha, que você não conhece, você fica com medo. Porque você não conhece aquela pessoa, vem de fora.”
O grupo cigano, no entanto, além de estranho à comunidade rural, é construído no imaginário deste grupo como pleno de poderes místicos que se contrapõem às rezas cristãs, entendidas pelo grupo rural como a única forma legítima de contato com a divindade. Eles tornam-se assim os eternos estrangeiros de lugares já bem conhecidos:
“Mas não deixa de dar aquele arrepio quando a cigana chega perto. Vem querer benzer, a gente. Eu sempre que encontro com elas, que elas vêm querer benzer, eu não quero.”

Representações sociais e identidade em grupos de mulheres ciganas e rurais. Numa tentativa de ultrapassar a condição de grupo excluído, o grupo cigano se utiliza de cortesia para conquistar o grupo rural – “Elas chamam pra dentro, quer dar cafezinho, trata a gente bem mesmo.Pra agradar a pessoa. Fazer união com eles. Elas precisam das mulheres rurais. Elas precisam das mulheres rurais pra ajudar elas.”

As idéias centrais presentes na Classe 6, “O Medo de Ciganos”, correspondem aos elementos construídos pelas imagens deste grupo como povo amaldiçoado. Ao longo das três gerações a comunidade rural nutriu-se de um medo decorrente de experiências negativas vividas no encontro entre os grupos, que foi sendo transmitido a cada nova geração: “Eu acho que medo porque desde criança papai falava que cigano... Cuidado com cigano! Cuidado com cigano! Papai falava: cigano está por ai. Cuidado. Eles só mandavam tomar cuidado. Mas a gente já ficava com medo porque sabia que eles roubavam mesmo. Uma vez, roubaram as roupas da mamãe todinha.”

Práticas de proteção contra o grupo cigano, como fechar a casa e ter mais cuidado com os filhos, eram imediatamente enfatizadas pelas mulheres rurais: “Elas passaram, e eu tinha muito medo de cigano, elas passaram ali embaixo. Eu fechei a casa e sentei na beira do paiol, na beira da estrada. Eu e meus meninos pequenos. Ela passou e me pediu, alguma coisa. Eu falei que eu não morava lá não. Ela me jogou praga.”

Dar alguma coisa a alguém pode ser entendido como uma forma de expressar solidariedade, de estabelecer laços de humanidade, o que não se configura quando as mulheres rurais fazem doações às ciganas. Como a imagem das mulheres ciganas está vinculada à idéia do mal, do poder de fazer o mal através de pragas e atos nocivos, a doação tem por objetivo não lhes despertar a raiva e também se livrar de sua presença, revelando práticas de exclusão.

Eixo Endogrupo. práticas e representações acerca da mulher rural. O “Modo de Vida da Mulher Rural” refere-se às práticas desempenhadas em sua rotina entre a casa e o roçado, o cuidado com os filhos e o marido – “A vida da mulher rural é que a gente levanta cedo vai cuidar das criação, primeiro cuida dos filhos, quando tem pequeno... cuida dos filhos, cuida da casa, cuida da criação, depois vai pra roça. Cuida na roça, vem pra casa, a gente tem que saber que tem as orações, no meio também que entra, tem que cuidar dos filhos, ensinar rezar, trabalhar, levar na escola.”

– e as atividades da comunidade – “Depois ainda tem o tempo pra comunidade. então, a gente encontra também o momento de encontrar com os amigos, na comunidade, na escola, talvez vai numa reunião.” Ser mulher rural é “ser comprometida, ter responsabilidade, e saber educar a família”. Isto torna a mulher uma figura central no funcionamento familiar e comunitário: “Ai de um homem que não tiver uma mulher, ai de um filho que não tiver uma mãe. Ai da comunidade se não fosse as mulheres.”

“A Comunidade Rural e sua história” encontramos os elementos que traduzem o contexto do mundo rural: “São agricultores e organizados, tem a igreja, tem escola, tem lazer, tem as vendinhas, tem uma porção de coisa organizada já na comunidade.”

A história da comunidade está marcada pela forte relação de solidariedade, que permitiu a construção da estrutura física, social e religiosa, sobretudo no início da comunidade, quando esta reunia migrantes do sul do estado empenhados na construção de um lugar para viverem: “O ponto mais bonito do início da comunidade foi quando se trabalhava em mutirão. As famílias da comunidade eram poucas, mas as poucas famílias se tornavam muitas por conta do mutirão que se fazia.”

“Mulher cigana é o seguinte... é porque a nossa tradição... porque cigano não namora, não tem negócio de beijo, negócio de sair com o noivo... enoivou? Tem uns que marcam com um ano, que tem mais condições, marca com um ano, dois anos... no máximo um ano e meio pra baixo. Ai marca aquela data do casamento [...] é ser dona de casa é como eu estou lhe falando... é ser organizada, saber fazer suas coisas, organizada na comida, seu vestuário é assim mesmo... VESTE SAIA, agora shortinho não veste, calça é muito difícil, e de vestido comprido.

É casar e viver a vida em paz, com fé em Deus. O dia-a-dia é lavar roupa, não todo dia... dia sim, dia não, cuidar da comida, lavar vasilha, depois tomar banho e sisti novela”. (Mulher cigana, 38 anos).

As representações, tanto das mulheres rurais quanto das ciganas em relação ao exogrupo, marcam as diferenças culturais e indicam os conflitos enfrentados por elas nos encontros. “É diferente, né, a gente fica assim, mais... a cigana parece que é diferente o modo delas conversar, o modo delas sentar, elas... é totalmente diferente. Elas chegam na casa da gente, já chega pedindo. Pede pra você dar uma coisa, pede outra, pede outra, quer ler a sorte, fala que quer ler a mão da gente, e se a gente não quiser elas insiste... e a gente não aceita pra ler”.(Mulher rural, 54 anos).

“Eu acho que elas também não é muito... é mulher mais caseira, já é criada na roça mesmo, só mais pra trabalhar”. (Mulher cigana, 38 anos).

“Elas são mulheres caseiras, não sai... Eu acho que é muito trabalhoso, pois que é de roça.... Eu acho ruim o jeito delas tratarem a gente. São ignorantes”. (Mulher cigana, 19 anos).

Essa relação conflituosa está alicerçada principalmente no medo dos ciganos pelo grupo rural, associando-os ao furto e ao poder da maldição: “Eu acho que é terrível porque vivia pela casa dos outros pedindo, roubando, igual elas roubaram minhas galinhas tudo. Oh, roubaram minhas galinhas tudo, não saia da minha casa pedindo as coisas... deve ser terrível porque isso não é vida de gente viver. Você fala que mulher rural é luta, pelo menos você tem dignidade, você tá em cima do que é seu, tá lutando...Vai panhá as coisas dos outros pra viver?! Eu acho que isso é horrível, Deus me livre. Concordo com isso não. Ah, eles chegam pedindo, se você não der... Eu não gosto de cigano não. Eu tenho medo de cigano”. (Mulher rural, 40 anos).

“Já fecharam a porta... nós xingamos elas todas... aquela coisa foi subindo na gente. Deu aquela raiva e a gente xingou ela toda. Nós pedimos um pouco de água e ela disse “não tem não”. Fechou a porta. De novo: “A senhora podia arranjar um pouco de água pra nós?”. Ela fechou a porta...Ai nós de novo. “Vem cá, o que a senhora tem contra nós? É racismo! A senhora sabia que a senhora poderia ir presa?” Aí ela... “Não calma, eu tô com meu marido doente”. Pura mentira. Xingamos ela todinha...” (Mulher cigana, 19 anos).

b) Representações sobre endo e exogrupo: homens e mulheres O conteúdo do discurso das mulheres sobre as diferenças entre os grupos sofreu atenuações ao longo das entrevistas. Ao avaliar seu modo de vida frente ao domínio masculino, verificamos pontos de identificação baseados na condição feminina, que é muito semelhante nos dois grupos. Ressaltamos que, especificamente NO GRUPO CIGANO, uma das participantes relatou a prática de exclusão das crianças do sexo feminino.

“A gente tem que dar valor a gente, né não? Ser mulher pra mim, a gente tem que dar valor pra gente. Cigano, tinha um lado de cigano há um tempo atrás, eles não gostavam de ter mulher. Você pode olhar que tem muita gente cigana que não é criada por cigano. Eles dá as filhas porque eles não gostam, gostam mais de macho, entendeu?” (Mulher cigana, 19 anos).

“Que a mulher na sociedade hoje ela é ainda discriminada, ainda não tem muita vez na sociedade e a mulher tinha que ter esse direito... tanto na política, quanto no sindicato, como na comunidade, como no grupo de mulher,
em qualquer instituição”. (Mulher rural, 52 anos).

A descrição dos papéis femininos (responsabilidade com os filhos; com a casa/barraca; com o trabalho doméstico) traduz o cotidiano dessas mulheres que, apesar das diferenças, acabam estabelecendo práticas de solidariedade. “Andava o dia todo, com os meninos. Depois, chegava tarde e tinha que fazer comida. Trabalhava o dia todo... Às vezes, ganhava neném num dia e no outro viajava” (Mulher cigana, 67 anos).


“É sofrida. Por quê? Você vê, eu comecei isso aqui trabalhando na roça, criando esses meninos, lutando pra estudar eles... quantas vez, eu pegava eles e levava nas casas de farinha de madrugada... pra poder sobreviver. É
difícil” (Mulher rural, 64 anos).

“Ela me xingou... porque ela queria três galinhas, mas eu não podia dar, dei uma porque ela falou que era pra mulher que tinha ganhado neném” (Mulher rural, 54 anos).
Neste último caso, estamos diante de um encontro diferente. O confront entre a cigana e a mulher rural estabelecido inicialmente é re--significado pela presença da maternidade: não é apenas uma camponesa diante de uma cigana, mas duas mulheres-mães. A identificação promovida pela maternidade leva a mulher rural a reavaliar sua prática e finalmente ajudar a cigana que havia tido seu bebê recentemente.
Na comparação entre os grupos, a condição feminina vivenciada por essas mulheres na relação com os homens é caracterizada pela subordinação, exploração e sofrimento.

“Eu acho que a cigana é outra mulher que é também explorada porque a mulher cigana fica a serviço dos homens. Elas ficam nas casas dos outros pedindo as coisas dos outros para tratar dos homens que fica em casa dormindo,
fica andando a cavalo o dia todo. Então, são mulheres exploradas como nós também somos, mas elas não tem assim, uma casa... pode tá grávida, com menininho recém nascido, elas são obrigadas a muntar naqueles cavalos, cozinha naqueles negócios tudo sujo debaixo das barracas. Então, eu acho que são mulheres exploradas mais do que nós ainda. Eu nunca concordei...eu não sei se elas gostam dessa vida, ou são obrigadas a ser assim... mas são mais exploradas ainda do que nós as mulheres ciganas...debaixo de chuva, aqueles trem tudo que molha, aquela sujeira...” (Mulher rural, 59 anos).

“A vida da mulher não é boa não. Tem umas que é boa. Tem umas que não é. Tem umas que sofre mais, tem umas que não sofre. A mulher é sofrida. Elas trabalha na roça... Já lutei muito nessa vida” (Mulher cigana, 67 anos).
No entanto, a aspiração que resulta de tais relações é a de construção de relações mais igualitárias: “... eu mudaria pras mulher virar homem e os homens ficar homens mesmo”
(Mulher cigana, 16 anos).

“Somos tudo igual, mulher cigana e rural... é a mesma coisa da gente” (Mulher cigana, 19 anos).

“Eu acho que todas as mulheres são igual. Às vezes, tem até uma maneira diferente de pensar, mas tudo quase que uma sente, a outra sente também. Eu acho que é a mesma coisa. A gente sente a mesma coisa” (Mulher rural, 56 anos).

Representações sociais e identidade em grupos de mulheres ciganas e rurais 175. Todas as mulheres rurais, quando perguntadas sobre a forma como seriam tratadas caso fossem às “barracas ciganas”, relataram que imaginavam que seriam bem tratadas – “Seria bem recebida porque quando a gente chega na barraca das ciganas, elas chamam pra dentro, dá cafezinho, trata a gente bem mesmo”.

Duas expectativas são enunciadas pelas mulheres ciganas quanto à mesma questão, se fossem às “casas rurais”: uma com o acolhimento pelo grupo rural como resposta à sua cordialidade – “Acho que seria bem tratada porque nós tratamos bem”.

– e outra segundo a clássica atitude do fechar a casa às mulheres ciganas – “Seria tratada mal, fecha a porta... Tratam a gente mal. Acham que somos bicho.”

Quando os dois grupos são convidados a pensar como elas receberiam umas às outras, relataram as mesmas situações: a mulher cigana acolheria a mulher rural – “Nós tratava bom. Chamava pra dentro e oferecia um cafezinho”

– e algumas mulheres rurais trancariam as casas e não as receberiam – “Eu fico com pé atrás... Eu pego e tranco a casa”

–, enquanto outras disseram que “Trataria bem, mas não chamaria pra dentro de casa...”.

É interessante que todas as mulheres rurais enfatizaram que não permitiriam a presença de uma cigana dentro de casa, como se este fosse um espaço sagrado que pudesse ser profanado pela simples presença de uma mulher cigana.
d) Ancoragens do medo de ciganos. Especificamente quanto ao medo de ciganos, encontramos na base de sua construção a imagem da maldição difundida pelos primeiros moradores da comunidade, servindo para explicar hábitos e práticas típicas do grupo 176 Mariana Bonomo, Zeidi A. Trindade, Lídio de Sousa e Sabrine M. S. Coutinho cigano, bem como justificar os maus acontecimentos vividos pela comunidade, como o aparecimento de piolhos, por exemplo: “Os antigos falavam que os ciganos eram amaldiçoados, por isso que passava... Cigano não ficava num lugar só. Cigano não tinha lugar pra trabalhar, que era a maldição deles andar... Cigano é povo amaldiçoado! Falam que se eles ficarem mais de oito dias, eles dão bicho. Quando apareceu piolho na comunidade, falaram que foi os ciganos!” (mulher rural, 52 anos).

Na condição de povo amaldiçoado, os ciganos passam a ter o poder de fazer o mal através das “pragas”, que são combatidas por meio dos recursos também místicos das rezas cristãs. “Eu sinto um medo assim, que eles vêm... e sei lá, um medo assim que elas podem fazer mal a gente. Tem cigana que vem e faz medo mesmo. Elas podem fazer mal a gente. Elas pedem uma coisa, se a gente nega, elas joga praga... fala que faz isso, fala que faz aquilo. A gente sente assim, um medo... Mas aí a gente segue em frente e se apega com Deus e Nossa Senhora, que isso não pega na gente” (Mulher rural, 65 anos).

Em contrapartida, as mulheres ciganas percebem a elaboração e difusão dessa imagem negativa como um preconceito: “A gente sentia que eles tinha medo da gente. Que a gente vai converser com uma pessoa e a pessoa não quer conversar com a gente, deve ter algum efeito. Ou medo ou algum... “compreceito”... “compre”... “preconceito”.” (Mulher cigana, 38 anos).

A construção dessas representações foi nutrida ao longo das gerações pelos grupos rural e cigano, sendo, a cada época, acrescentadas novas “evidências” do efeito negativo da presença dos ciganos na comunidade e da falta de acolhimento, em função do preconceito das mulheres rurais. É importante ressaltar ainda que a gênese dessa imagem está historicamente situada nos primórdios do desenvolvimento da comunidade rural, época repleta de dificuldades. A comunidade não possuía meios para se manter, a fome era uma ameaça constante para o grupo e os conflitos entre os grupos rural e cigano também decorriam da disputa pelos escassos recursos disponíveis.

Responder para: Joana Angélica T.

 
  Nome: Bruno Luiz Em: 03/12/2012 | 18:05:58 E-mail: -
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Brasil tem segunda maior população de ciganos

20 de junho - dia mundial do refugiado

Não se sabe ao certo a origem dos ciganos. A hipótese mais aceita é que surgiram na Índia e, de lá, boa parte migrou para a Europa, sem destino certo. Povo nômade, percorreu todo o continente, quase nunca bem aceito. Os ciganos foram perseguidos, queimados vivos, acusados de feiticeiros, ladrões. Portugal também encampou este preconceito, tanto que a primeira família deste povo a pisar no Brasil veio mandada pelo rei dom Sebastião, degredada.

A partir daí, se espalharam pelo território nacional. Poucos sabem, mas várias personalidades brasileiras têm sangue cigano. A escritora Clarice Lispector e o ex-presidente Juscelino Kubitschek são dois exemplos. A segunda grande leva chegou entre o fim do século 19 e o início do 20, em meio a imigrantes europeus.

Hoje, estima-se que haja 800 mil vivendo no País – a segunda maior população do mundo, atrás apenas da Romênia. O preconceito os colocou em condições sociais precárias. Para completar, paulatinamente as gerações mais novas deixam as tradições de lado. Mas a situação pode melhorar. Há dois anos, a advogada Mirian Stanescon – primeira cigana a se formar em Direito no Brasil – elaborou uma cartilha de reivindicações do povo cigano, evidenciando a importância do registro de nascimento, educação, saúde. O preconceito não acabará do dia para a noite. Mas, agora, a luta pelos direitos está no papel. Escrito por Bruno Hoffmann

Responder para: Bruno Luiz

 
  Nome: Maria Eugenia Em: 29/11/2012 | 19:42:23 E-mail: - marigesilva@terra.com
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CIGANOS. A vida de uma comunidade com quase três mil anos

Os ciganos são um povo nômade amante da música, das cores alegres e da magia, que foram expulsos por invasores árabes há quase 3 mil anos da região noroeste da Índia, onde hoje é o Paquistão. Depois de vagar pelas Terras do Oriente, os ciganos invadiram o Ocidente e espalharam-se por todo o mundo.

A família é a base da organização social dos ciganos, não havendo hierarquia rígida no interior dos grupos. O comando normalmente é exercido pelo homem mais capaz, uma vez que os ciganos respeitam acima de tudo a inteligência. Este homem é o Kaku e representa a tribo na Krisromani, uma espécie de tribunal cigano formado pelos membros mais respeitados de cada comunidade, com a função de punir quem transgride, a rígida ética cigana.

A figura feminina tem sua importância e é comum haver lideranças femininas como as phury-day (matriarca) e as bibi (tias-conselheiras), lembrando que nenhum cigano deixa de consultar as avós, mães e tias para resolver problemas importantes por meio da leitura da sorte.

O misticismo e a religiosidade fazem parte de todos os hábitos da vida cigana. A maior parte deles acredita em um único deus (Dou-la ou Bel) em eterna luta contra o demônio (Deng). Normalmente, assimilam as religiões do lugar onde se encontram, mas jamais deixam de lado o culto aos antepassados, o temor dos maus-olhados, a crença na reencarnação e na força do destino (baji), contra a qual não adianta lutar.

A sexualidade é outro ponto importante entre os ciganos. E, ao contrário do que se imagina, eles têm uma moral bastante conservadora. Alguns mitos antigos falam da existência das mães-de-tribo, que tinham um marido e um acariciador. Outros falam das gavalies de la noille, as misteriosas noivas do fim de noite, com quem os kakus se encontravam uma única vez, passando desde então, a ter poderes especiais. Mas o certo mesmo é que os ciganos se casam cedo, quase sempre seguindo acordos firmados entre as duas famílias.

Não recebem nenhum tipo de iniciação sexual e ter filhos é a principal função do sexo. Descobrir os seios em público é comum e natural, mas nenhuma mulher pode mostrar as pernas, pois da cintura para baixo todas são merimé (impuras).
Vem daí a imposição das saias compridas e rodadas para as mulheres, que também SÃO PROIBIDAS DE CORTAR OS CABELOS, e nunca sentam à mesma mesa que os homens.

Ironicamente, como praticantes da magia e das artes divinatórias, são elas que cada vez mais assumem o controle econômico da família, pois a leitura da sorte é a principal fonte de renda para a maioria das tribos. O resultado é uma situação contraditória, em que o homem manda, mas é a mulher quem sustenta o grupo.

Ana da Cigana Natasha é autora de dois livros: Mistérios do Povo Cigano e Como descobrir e cuidar dos ciganos dos seus caminhos. Foi a pioneira em divulgar ensinamentos dos espíritos ciganos.

Responder para: Maria Eugenia

 
  Nome: Rosa F. Em: 06/11/2012 | 14:46:51 E-mail: - rosaguitierr@uol.com
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Na França vivem cerca de 400 mil ciganos, a grande maioria nascidos em estados-membros da União Europeia. Na Europa vivem cerca de 12 milhões de ciganos. E os ciganos são nômades. Na Romênia nasceram e vivem 1,8 milhões. Na Bulgária são 650 mil.

No governo Sarkozy (França) foram deportados 8 mil ciganos. Os deportados por Sarkozy são enviados principalmente para a Romênia e a Bulgária. Quanto as deportações, Sarkozy falou que continuaria com as demolições de “acampamentos ilegais sem considerar quem os ocupa: “Não queremos que inteiras famílias vivam em tugúrios. É uma condição não digna para a Europa e a França. Nos acampamentos não existem serviços de água, luz e coleta de esgoto”. 17/09/2010

Responder para: Rosa F.

 
  Nome: Juan Miguel F. Gonzales Em: 25/10/2012 | 13:28:20 E-mail: - juanmiguelmalagaespana@enforex.es
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Senda Gitana Retrato Social da Comunidade Cigana - No Concelho de Aveiro- PORTUGAL

Ciganos. Oriundos do Norte da Índia, alvo de distúrbios e invasões, numa época de constantes mudanças, iniciaram as primeiras migrações por volta do ano 224. O primeiro movimento migratório, por várias circunstâncias, levou muitos grupos à Pérsia onde procuraram uma vida melhor. Possuidores de diferentes profissões, tinham no entanto, a semelhança da língua (Romani) e da religião (Hinduismo), o que os levou a misturarem-se socialmente e a promover casamentos entre os seus descendentes. Estas razões podem ter sido o motor para a constituição de um novo grupo étnico, autodenominado “Dom”, palavra cujo significado é “Homem”, e que nalgumas zonas da Índia serve para designar uma determinada casta. A evolução fonética da palavra, deu origem à palavra “Rom”.

Essas diferenças condicionam também as práticas sociais dessas crianças, como por exemplo ver televisão. O rapaz possui liberdade para ver o que quiser e quando quiser, o mesmo não se passa com a menina, que tem sempre alguém por perto no sentido de a privar de determinados programas de televisão. “Os rapazes podem ver tudo, as meninas não. Sempre está o pai ou a mãe, nunca ficam sozinhas”. O poder na família é definido pela idade, compete aos mais velhos, detentores de sabedoria e de liderança, tomar as decisões importantes.

O luto “ A lei deles é assim, (…) durante um ano, a gente o luto que leva é muito pesado. (…) NAO PODE TOMAR BANHO, não pode ver televisão, não pode ouvir música. Mas depois de passar um ano, (…) é muito diferente”. (entrevistas de terreno: Ago, Set 2007).

Tradicionalmente, sabe-se que queimam e deitam fora todos os bens do defunto, visto acreditarem que o espírito do defunto poderá pairar sobre as coisas que ele usou. No caso da viuvez da mulher, a sua importância social é diminuída, perdendo direitos dentro da comunidade. A mulher viúva, segundo a lei cigana, não deve ver televisão, ouvir música, falar em demasia e a sua participação em eventos sociais, como por exemplo a festa de Natal e o casamento, é anulada.

O desmazelo na forma de tratar o corpo é outra das provas eternas de sofrimento e de recordação do ente querido. A mulher veste uma roupa preta cedida por uma outra viúva do acampamento onde vive, e é-lhe RAPADO o cabelo pela cigana mais velha. “Desde aquele momento em que eu vesti a roupa, tive que estar um ano sem tirar aquela roupa e a gente tem que cumprir”. “A avó dele, foi aquela mais velha que está ali ela sem pedir autorização a ninguém, chegou com a tesoura e cortou-me o cabelo logo”.

Por outro lado, deixa de poder usar qualquer coisa que a possa embelezar ou chamar a atenção para a sua feminilidade. Em determinados acampamentos, a mulher viúva não pode tomar banho, nem usar roupa interior DURANTE UM ANO. “De certa idade não pode tomar banho, pode-se lavar mas tomar banho já não tomam. Porque a família VAI FALAR MAL DELA. A mulher nova que fica viúva, está um ano sem se lavar (…) Só a partir do ano é que se pode lavar”. A mulher cigana de luto não deve voltar a casar, já que nestas comunidades o luto é considerado para toda a vida. Na generalidade, o cigano não escreve, nem lê o nome de um ente querido que já tenha falecido.

Vive-se o dia a dia, sem planos. As necessidades do quotidiano são garantidas no imediato, não se perspectivando o futuro. As actividades passam pela “ recolha e venda de ferro velho, fabrico de cestaria artesanal, negócio de compra e venda de equídeos, venda ambulante de porta em porta, ou em feiras. O facto de não terem uma ocupação fixa que lhes permita um rendimento regular leva-os, frequentemente, a recorrer à mendicidade e a expedientes de natureza mais ou menos ilegal.”

(Pinto, 2000;71-72) Servem estes pressupostos de enquadramento, para iniciar uma análise dos dados respeitantes à população de etnia cigana a residir nos acampamentos do concelho de Aveiro - Portugal.

Desenvolvem alguns trabalhos informais, tendo como actividades a venda em feiras, a venda de cestos feitos pelos mesmos, a sucata e arte de amolar.

Responder para: Juan Miguel F. Gonzales

 

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